05. sobre contratempos

era pra escrever, e me enrosquei toda

Na última newsletter, eu tinha comentado sobre desafios de escrita que pretendia fazer, e que traria atualizações pra vocês na próxima news, né? Pois adivinhem: todos os contratempos do mundo aconteceram, e eu obviamente me enrosquei toda na escrita. Com isso em mente, resolvi apelar para outro e-mail caótico onde eu comento sobre a vida e rotina de escrita quando elas não funcionam juntas.

Por exemplo, agora, neste exato momento, estou escrevendo esse texto com uma máscara de argila na cara esperando que ela me livre de olheiras que o caos das últimas semanas causou. Quando terminar esse texto, o meu plano é sentar para ler um pouco - porque esse tá sendo o mês em que eu menos li, no ano todo. Só dois livros até o dia de hoje, que já passou da metade de Junho!

Eu culpo a Taylor Swift, principalmente. Desde o anúncio do show, caos foi liberado sobre o Brasil e todos os seus habitantes.

Eu sei, deveria ter falado: eu vou abrir meu rascunho do conto para a Suprassuma e vou escrever. E o plano também é esse! Mas sabe quando a exaustão é tanta que você só quer deixar de existir dentro de uma ficção que não é sua? É o que eu preciso para essa tarde. Voltar para um universo fantástico que não tem nada a ver com o meu, e relaxar nele (sofrendo com os personagens, porque é claro).

Sem entrar em grandes detalhes, até porque nem é lugar pra isso, só queria comentar que as últimas semanas foram difíceis. Alguns problemas inesperados e o pandemônio que se seguiu por causa deles meio que atropelaram quaisquer planos que eu tivesse feito na última newsletter. Aquele desafio de escrita super legal? Foi postergado. Escrever a Indiana Jones BR? Também deu uma atrasada. A única instituição que realmente funcionou foi a do conto - porque é um conto. Exige muito menos de mim, então fica mais fácil trabalhar nele. Os capítulos são rápidos, e a história que eu resolvi contar, apesar de elaborada, não é complicada.

A minha rotina de escrita acaba dependendo muito de como tá o meu emocional. Porque eu tenho o privilégio de poder sentar e escrever quando quiser, foi um problema quando tudo ao meu redor tinha escapado do meu controle. Não dá pra se concentrar em uma história quando o seu cérebro está em todos os lugares ao mesmo tempo. Por isso, eu acabei me afastando da escrita nos últimos quinze dias. E é um saco, porque meus planos estavam bem definidos, eu sabia para onde queria ir, quanto queria escrever, quando queria terminar. E foi tudo pro brejo.

Temporariamente.

Dá pra dizer que eu me coloquei num lugar mais estável agora. A ideia é voltar para o ritmo de antes, porque eu realmente quero terminar esse conto a tempo de enviar para a Suprassuma, eu assumi o compromisso de fazer leitura beta para as histórias de duas pessoas, eu tenho um livro me esperando para ser desenvolvido.

(Nem preciso dizer que a atualização semanal do Brandon Sanderson nessa última semana foi um soco na minha cara, né? O homem é uma máquina. E, se você curte ver autores comentando sobre rotina de escrita, processos de criação - no caso dele, até mesmo curiosidades sobre publicação - sugiro se inscrever no canal do Brandon! Cuidado com spoilers da Cosmere, mas garanto que vale a pena acompanhar as atualizações semanais dele).

Enfim, o que eu almejo ser: 52% de um livro que provavelmente vai ter mais de mil páginas. O que eu sou: uma batatinha.

Acontece! O importante, como eu comentei em outra newsletter, é seguir seu próprio ritmo. E eu vou recuperar o meu!

Sobre o conto!

Não quero falar muito da história porque ela vai pra Suprassuma, ou seja: vocês não vão ver essa história por muitos meses. Ela sendo aceita ou não, só vou poder comentar a respeito lá pra Dezembro (com boas notícias sobre uma publicação na revista, ou com boas notícias sobre a chegada dele na Amazon!).

Como a temática é de Sonhos, eu resolvi me inspirar um pouco em um livro favorito que tem essa vibe etérea e bizarra e maravilhosa que é É assim que se perde a guerra do tempo. Um dos meus livros favoritos DA VIDA, eu amei a história da Red e da Blue e como ela foi contada. Sem pé nem cabeça, mas fazendo todo o sentido do mundo porque é sobre poesia e sentimento.

Esse conto que estou escrevendo, claro, tem o meu Toque Especial de Autora que é: bom humor. Inspirada em outra história que eu tô lendo e amando (Tress, A Garota do Mar Esmeralda) coloquei um observador para narrar a história do conto. Alguém que tá de fora, mas que sabe tudo (e que tem comentários a fazer). Espero estar atingindo o humor que, na minha cabeça, foi atingido. Vamos saber no futuro!

Uma das inspirações pra essa história!

O importante é que eu amei esse conto e ele tá ficando exatamente a história que eu queria contar. Tem um romance sáfico, tem entidades fantásticas e tem um narrador debochado. Com sorte, dá tudo certo e ele vai estar entre os enviados pra revista.

Indicando coisas

PARA LER: Dezenove Garras e um Pássaro Preto é da mesma autora de Saboroso Cadáver e foi uma das experiências de leitura mais doidas que fiz nos últimos tempos. São dezenove contos sobre… coisas bizarras. Difíceis de explicar. Aquele tipo de leitura que você tem que viver. Se coisa de uma vibe meio Junji Ito, mas narrativamente, vai fundo!

PARA JOGAR: Esse aqui me tirou de um ciclo vicioso horrendo de Overwatch: Minecraft. Se você tá precisando de PAZ NA SUA VIDA, abre esse jogo. Não tem nada mais relaxante do que ficar minerando e construindo casinhas e encontrando cavalinhos espalhados pelo mundo.

PARA ASSISTIR: A nova temporada de Black Mirror chegou na Netflix e eu adoro essa farofa. Inclusive, aquele livro que indiquei ali em cima também vale pra fãs dessa série, porque lida justamente com essa perturbação com coisas do dia-a-dia, e coisas que podem se tornar rotineiras.

Obrigada por acompanhar mais uma newsletter em que eu falo nada com nada, mas tento chegar a algum lugar! A gente se vê daqui quinze dias. Até lá, eu espero ter muitas novidades e atualizações pra trazer pra vocês. Que o caos suma da minha vida e fique apenas assombrando a Odete e a Helena lá no livro delas!

Beijos,

Denise Flaibam.